
O Brasil passou por eleições presidenciais no final de 2022 e houve uma mudança na diretriz política estabelecida, com o último presidente não conquistando a reeleição. O presidente eleito volta a assumir um cargo outrora exercido em outras duas ocasiões sob o olhar atento das instituições nacionais e internacionais, com muita desconfiança e ao mesmo tempo muita esperança, e o impacto que da troca de governantes nas organizações é uma certeza.
Mas, afinal, o que muda para os profissionais e empresas? Quais os impactos para o mercado e de que maneira a mudança de um governo pode impactar na gestão estratégica de uma organização?
De fato, os fatores políticos e econômicos influenciam muito a governança das empresas. As ações de empresas públicas ou de economia mista tiveram muita volatilidade na bolsa de valores após o resultado das eleições em razão de um receio de intervencionismo do estado em políticas de preços e na estrutura de governança. Por outro lado, as ações de empresas de consumo tiveram uma alta expressiva na expectativa de recomposição de poder de compra em virtude de políticas de amparo social e retomada do poder de compra.
Na prática, a governança das empresas e as ações dos profissionais responsáveis pela gestão estratégica das empresas devem ser revisitadas e os objetivos alinhados com o novo cenário. Por sua vez, não há razões para deixar de perseguir os objetivos e descuidar da fiscalização e controle, tanto internamente quanto ao papel dos gestores públicos. É hora de fiscalizar, cobrar e garantir que a sociedade se desenvolva, que boas práticas de gestão aplicadas nas organizações privadas possam ser estendidas para a gestão de organizações públicas, que o profissionalismo prevaleça e que quadros técnicos sejam incorporados à estrutura de governança dos entes públicos.
Realinhamento estratégico para os próximos 4 anos precisam ser feitos. É o momento ideal, inclusive, para se mapear e analisar cenários de riscos que possam sofrer algum tipo de influência das decisões que dependam de fatores externos. Não obstante, uma análise de fatores externos é fundamental para que as organizações (e os profissionais) estejam preparados para mudanças que possam ocorrer no mercado. Podemos usar algumas dessas ferramentas clássicas de gestão para auxiliar no entendimento do momento atual e seus reflexos no futuro, como por exemplo uma análise SWOT (Strenghts, Weaknesses, Opportunities and Threats) bem estruturada; Análise PASTEL (fatores políticos, ambientais, sociais, tecnológicos, econômicos e Legais); 5 Forças de Porter (Rivalidade entre concorrentes, poder de barganha de clientes e fornecedores & ameaça de novos entrantes e/ou produtos substitutos); Analise de cenários através da técnica SWIFT (E se…) e até mesmo uma reestruturação do plano de gestão de riscos baseado na norma ISO 31000 com foco nos cenários de risco seriam estratégias muito bem vindas em um momento bastante peculiar: Desconfiança e esperança em relação a um futuro próximo, ou seja, nada de novo!
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